Parte 2 - Julgamentos

Posted on 13:51
Um pouco depois de acabar de escrever o último texto, pensei em como está cheio de julgamentos. E...julguei-me!

De facto, é impossível viver sem julgar e ser julgado. Por exemplo, ao não ter preconceitos, é quase automático julgar quem os tem, por acharmos que estamos correctos. No fundo, trata-se disso mesmo: o que quem julga acha correcto, e toda a gente acha à sua maneira, mesmo sendo o correcto tão subjectivo.

E já que me estou a confessar "julgadora", tenho que acrescentar uma coisa. Porque raio é que agora tanta gente descobriu a palavra "etapa"?!
Acabei o curso. "Parabéns por mais esta etapa." Casei. "Que esta nova etapa te traga felicidades.". Estou grávida. "Aproveita as maravilhas desta nova etapa.". Comi a sopa toda! "Ultrapassaste uma grande etapa!!!" AAAAAAAAAHHHHHHHHH!!!! (grito)
Só porque a palavra pode ser usada, não deixam de existir tantas outras palavras que podem utilizar. São acontecimentos, a vida não é uma maratona! Que se passa com o léxico português, reduziu, ou é só preguiça???

Posto isto, vou terminar o texto. Mais uma etapa concluída, na história das etapas da minha etapa maior: a vida!
Agora vou vestir as minhas calças com pérolas e a camisa amarelo torrado, antes que passe de moda... Como diria o Roberto Carlos, (ups, é suposto ouvir isto??), Bye...É...Bye....Arrrrrooooooommmmmmm!!!!!!! (barulho do Ferrari)

Parte 1 - O "é suposto"

Posted on 13:04
Estava a deixar o pensamento divagar, quando me deparei com o facto de me irritar bastante o "é suposto". Passo a explicar.
Há muita gente, talvez a maioria das pessoas, que age, não por vontade própria, mas motivada pela que chamo de Cultura do é suposto. Um exemplo. Se algum de nós tiver o poder de compra para ter o carro que quiser, o mais provável é comprar um Ferrari.  Porquê? Porque é suposto. Eu atén prefiro um Peugeot 3008... "Como?! Porque não compras um Ferrari, se tens tanto dinheiro????"

A roupa. Exemplo esmagador desta cultura.
Quando compro uma peça de roupa, a menos que seja por impulso, é porque gosto. E, como gosto, uso até não poder mais, ou seja, passam estações, meses, anos. Se há coisa que não ligo é se "está na moda" ou não. Confesso até que, se vir muitas pessoas com o mesmo tipo de peças, aí não uso mesmo. Passo a não gostar, por ser algo tão pouco original ou pessoal. No entanto, o que verifico é o contrário. No fundo, não acredito que as pessoas não gostem do que compram, mas é um gostar momentâneo, sazonal. O gostar ou não gostar não é definido por elas, mas pelas massas. "Se toda a gente tem, também quero!" E aqui fica mais um grande e redondo PORQUÊ???

O "é suposto" consegue verificar-se em quase tudo. Atitudes, relações, comportamentos...
Afinal aonde estão as pessoas que SÃO? Aquelas que não ouvem um tipo de musica porque é suposto, que não têm um cão porque os outros têm, para quem não vale tudo em troca de socialização? Que trocam ideias, que não distinguem pela aparência, que corajosamente seguem o que gostam e acreditam?

Na solidão de quem "não é suposto"? (porquê....)

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