Ao escrever este titulo, ocorreu-me de imediato que o mesmo não era nem um pouco original. É que veio-me logo à cabeça uma melodia, se não estou em erro, de Phill Collins. No entanto esta noite nada tem de solitária. Ou romântica, como a canção. É mesmo isso, só mais uma noite, que por ser apenas mais uma noite, é perfeitamente banal.



Ocasionalmente, passam-me pela cabeça divagações sobre o sentido da vida. E sobre como ela é uma dádiva, e, como a maioria das dádivas, tão escassa. Esta pode ser só mais uma noite, mas é a única vez em toda a minha vida em que esta noite está a decorrer. Cada segundo que passa, conforme escrevo este texto, foi único e irrepetível...

Mas voltando ao tema principal, esta noite banal parece-me interminável. Algo me impede de dormir... E acordada na escuridão, é fácil a imaginação semi-adormecida levar-me a pensar em motivos para o sono se afastar cada vez mais. Oiço um barulho...o que será? Alguém na rua? Um rato? Uma aranha gigante? Uma centopeia mutante? Só pode ser algo de que eu tenha muito medo! E a esta hora, esse algo é multiplicado por mil...

Queria poder fechar os olhos, serena, e deixar-me ir. Deixar-me levar por mil sonhos de algodão... caminhar sobre as nuvens, aspirar o ar puro da serra, deitar-me no feno a ver as estrelas, caminhar para o fim do arco-íris. O sono, quando é descansado é mágico. Em contrapartida, quando é conturbado, é assustador... E o meu começa a ser assustador mesmo antes de chegar. Por não chegar!


Este texto começa a parecer-me extremamente redundante, pelo que acho que vou voltar a dar voltas e voltas na cama, pode ser que assim me embale e finalmente adormeça...
...e sonhe com reis, princesas, cor de rosa e algodão doce.


Boa noite!!!

Sofy